A visita de três dias da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, à Venezuela há algumas semanas, foi concluída com um acordo com o governo Maduro para consolidar dois delegados permanentes no país. Esses delegados irão monitorar, aconselhar e fornecer assistência técnica ao governo para prevenir futuras violações dos direitos humanos.
A visita gerou polêmica e provocou protestos na Venezuela por parte de ativistas e cidadãos que temiam que a agenda de Bachelet, que incluiu reuniões com membros do governo e com o próprio Maduro, abrisse espaço para que propaganda do governo influenciasse suas decisões e determinações finais.
Há relatos de protestos organizados por familiares de presos políticos que os guardas bolivarianos conseguiram desviar do caminho de Bachelet, mas Bachelet insiste que durante sua visita, ela tentou ouvir todas as vozes da crise venezuelana.
Além disso, uma foto com Bachelet ao lado de um Maduro sorridente enfureceu os venezuelanos no país e no exterior que acreditam que a abordagem da Alta Comissária não foi dura o suficiente, dada a gravidade das violações de direitos humanos que ocorreram.
Mas qual é a situação atual na Venezuela? Juan Guaidó já perdeu todo o seu poder político diante de um Maduro que se recusa a se afastar do poder? A seguir está tudo o que você precisa saber sobre o estado atual da crise venezuelana para entender o que pode acontecer nos próximos meses.
A situação atual na Venezuela
Segundo a ONU, de novembro de 2018 até hoje, um milhão de pessoas deixaram a Venezuela, marcando o fluxo migratório mais forte desde que a crise começou a piorar em 2015. A Colômbia é o país que mais acolheu refugiados venezuelanos com 1,3 milhão de pessoas reportadas em solo colombiano, e o presidente Duque continua firme em manter a porta aberta para os venezuelanos que querem sair.
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