Como resultado, a Corte IDH ordenou que a Venezuela, entre outras coisas, investigue as mortes de Guerrero e Molina, as possíveis torturas e atos de perseguição, revista, ameaças e detenções ilegais e arbitrárias que Guerrero denunciou antes de ser assassinado. Portanto, o Estado deve: assegurar que as autoridades judiciais tenham os recursos humanos e financeiros e as garantias de segurança necessárias; levar o contexto em consideração; e garantir o pleno acesso dos familiares ao processo.
Além disso, exigiu que a Venezuela apresentasse “um relatório oficial com os dados relativos às mortes produzidas pelas forças policiais em todos os estados do país e a identificação das pessoas que faleceram nessas circunstâncias, inclusive por meio de informações relacionadas com o nome, idade, sexo ou gênero, local de residência e condição social”.
O CEJIL e o COFAVIC litigaram o caso por mais de uma década e hoje comemoram esta decisão que limpa a memória das vítimas, dá esperança a seus familiares de que haverá justiça, assim como a tantos outros que perderam seus entes queridos em situações semelhantes, e oferece reparação depois de tantos anos de luta. Florencia Reggiardo, advogada do CEJIL, destacou que “esta decisão da corte reflete uma prática enraizada nas forças de segurança venezuelanas, que foi recentemente reconhecida, pelas Nações Unidas, entre outras organizações, e que esperamos ajude o Estado a adotar medidas para evitar a repetição dos fatos”.
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