Nesta quinta-feira, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Estado do Rio de Janeiro, expediu mandados de prisão preventiva para o ex-presidente da República, Michel Temer (2016-2018) e para o ex-ministro de Minas e Energia do seu governo, Wellington Moreira Franco (2016-2017). Ao todo foram expedidos 10 mandados, entre preventivos e temporários destinados para outros 3 Estados da Federação; sendo os de maior destaque na imprensa, os expedidos para o Coronel aposentado da Polícia Militar do Estado de São Paulo, João Baptista Lima Filho (PMSP) - amigo e ex-assessor do ex-presidente em seus tempos de ALESP - para a esposa do próprio Coronel e empresários suspeitos de participarem de um esquema de propinas.
Todas as prisões foram efetuadas sob a jurisdição da “Operação Lava-Jato” do Estado do Rio de Janeiro e há especulações a respeito de novas possíveis prisões.
Em São Paulo, a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) e do ex-ministro Moreira Franco (MDB-RJ) foi - para o vocabulário de jogadores ou admiradores de truco do mundo político - como um equivalente ao “ás” do momento. Para simplificar o argumento para não jogadores ou para aqueles que desconhecem a sua dinâmica, a decretação dessa prisão trouxe - para muitos que se encontram na arena política - a sensação de que a medida foi tomada com os objetivos de ganhar tempo, recuperar credibilidade e adicionar pressão sobre a mesa de delações premiadas em um novo contexto das novas etapas da “Operação Lava-Jato”. Por último, a prisão também vem como uma tentativa de comprar uma sobrevida para as investigações e para os seus próprios referentes históricos.