Cabe destacar que que muitos dos grupos indígenas do planeta denunciam a desapropriação de seus bens e a violação de seus direitos humanos. No México, o ambientalista Rarámuri Julián Carrillo, foi asesinado. O caso do assassinato de Berta Cáceres, indígena Lenca que se opôs à construção de um projeto hidrelétrico em Honduras, deu a volta ao mundo. Esses casos, que muitas vezes permanecem impunes, continuam ocorrendo: em 24 de fevereiro de 2020, um grupo armado matou um ativista indígena de Brörán na Costa Rica. Ativistas deploram a falta de reação dos governos.
Yásnaya Aguilar, a lingüista mexicana, disse frente à Câmara dos Deputados de seu país que:
"As línguas indígenas não morrem, o Estado mexicano as mata".
Em abril de 2019, Yásnaya escreveu seu discurso em espanhol para o Global Voices, que inclui "reflexões sobre o desaparecimento de línguas indígenas e sua estreita conexão com a perda de território".
Da mesma forma, a ONG Global Witness e vários ativistas internacionais, como a indígena sami Eva M. Fjellheim, apontou que o agronegócio e a mineração são as principais ações ligadas ao assassinato de líderes ambientais indígenas no mundo. A América Latina está no topo da lista de ataques. Fjellheim disse a Pikara magazine que:
"Nos últimos 10 ou 15 anos, a pressão aumentou muito no território e ainda mais interesse na exploração de recursos energéticos, percebemos que não temos nenhum direito real de nos proteger."
Por outro lado, há também aqueles que afirmam que uma parte relevante do problema é a discriminação que os povos indígenas enfrentam.
O escritor peruano de língua quíchua, Pablo Landeo, indicou na Feira Internacional do Livro de Lima em 2017 que:
"As estruturas sociais determinam a condição das línguas nativas e há tudo relacionado à discriminação e vergonha, à idéia de associá-las como ligadas ao passado e ao atraso."
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