O ônibus Estrella Roja viaja pela rodovia federal 150 da área metropolitana da Cidade do México até Puebla, capital do estado de mesmo nome. Na metade do percurso, o ônibus, com seus passageiros acomodados em assentos desgastados e um filme de Hollywood dublado em espanhol projetado em vários monitores de vídeo espalhados pela cabine, atravessa um ponto relativamente baixo no cume que forma a fronteira natural entre as duas regiões demográficas mexicanas, e depois começa a descer.
Ao sul, as altitudes deste parque nacional são impressionantes: o extinto vulcão Iztaccíhuatl, chamado de "mulher branca" em Nahuatl por seus picos nevados, ou "mulher adormecida" em espanhol por suas curvas ondulantes, chega a 5.215 metros, enquanto o ainda ativo Popocatepetl, amante de Iztaccihuatl segundo a lenda, que até hoje irrompe periodicamente como sinal de tristeza por seu desaparecimento, chega a 5.426 m.
Se não fosse pela espessa camada de fumaça que paira sobre a capital do país, que já foi a cidade mais poluída do mundo e luta para descer na lista, os amantes estariam sempre à vista. A visibilidade é melhor de Puebla, especialmente do topo de Cholula, onde um templo católico foi erguido sobre a pirâmide Tlachihualtepetl nos anos 1500.
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