A última vez que o governo colombiano e o grupo rebelde de esquerda Exército de Libertação Nacional (ELN) iniciaram negociações, em 2018, o processo foi interrompido por um carro-bomba que explodiu em uma academia de polícia, em Bogotá,, matando 20 pessoas. O ELN reivindicou responsabilidade pela bomba, o que encerrou imediatamente as negociações. Agora o governo e os rebeldes estão de volta à mesa de negociações.
Com muitos cidadãos insatisfeitos com o andamento da implementação do histórico acordo de paz entre o governo colombiano e o grupo rebelde de esquerda Forças Armadas Revolucionarias (FARC), as negociações com o ELN enfrentam um novo desafio: o ceticismo.
Esse ceticismo é compreensível, uma vez que milhares de pessoas continuam deslocadas e em confinamento forçado devido ao controle que grupos armados continuam exercendo em todo o país. Isso levanta muitas questões substanciais, sendo a principal: o que podemos aprender das falhas durante as negociações de paz com as FARC?
Integrar a inclusão social desde o início
Em pesquisa recente, realizei entrevistas com 25 membros diferentes das equipes de negociação, tanto do governo colombiano quanto das FARC. Entrevistei os negociadores da mesa principal, os negociadores das mesas dos subcomitês de etnia e gênero, bem como pessoas que trabalham como investigadoras e secretárias, além de três entrevistas adicionais com mulheres que testemunharam as negociações.
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