Greta liderará a mobilização de Nova York, onde chegou depois de cruzar o Atlântico em um veleiro movido a energia solar, para denunciar como as emissões das aeronaves contribuem significativamente para desestabilizar o clima. É através de ações concretas e nem sempre fáceis ou confortáveis que devemos lidar com essa emergência, argumentará Greta na ONU.
Como se envolver na mobilização
A maneira mais direta de se envolver na mobilização é fazer greve em 20 de setembro, junto com centenas de milhares de jovens na África, nas Américas, no Pacífico, na Ásia e na Europa. Mas, para aqueles que não podem se unir à greve, os organizadores sugerem a participação em outras atividades durante a semana ou a conscientização de colegas, amigos e familiares diante da emergência climática que estamos enfrentando atualmente.
A mobilização também oferece recursos que todos podemos usar para gerar conversas sobre a situação atual nas redes ou em nossos locais de trabalho, ou organizar suas próprias atividades, como sessões de treinamento e debates. A mensagem é clara: se você pode ou não fazer greve em 20 de setembro, o que mais importa é a disposição de espalhar a mensagem da seriedade da situação que estamos enfrentando.
Os dados são abundantes. Os últimos quatro anos foram os mais quentes da história, e a temperatura no Ártico durante o inverno, por exemplo, já subiu 3°C desde 1990. O nível do mar está subindo rápido demais para poder controlá-lo.
Não podemos continuar ignorando os efeitos das mudanças climáticas. Na Amazônia, por exemplo, com os incêndios deste ano, estamos muito perto de alcançar o que os cientistas chamam de “ponto de inflexão”, ou seja, o momento em que o desmatamento se torna irreversível. A irreversibilidade é o principal problema. Se não há como voltar atrás, o que está em jogo é a sobrevivência de nossa espécie, junto com muitas outras.
É essencial reconhecer que o que causou essa situação é um modelo de desenvolvimento sem limites, predatório e poluente, que devasta tudo. A alternativa é clara: mudar ou sucumbir. É por isso que é tão importante se mobilizar neste 20 de setembro e participar de ações que destacam a emergência e forçam os governos a cumprir o Acordo de Paris.
Já é tarde demais.
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