Então não é de surpreender que a resposta de Bolsonaro em relação aos incêndios venho em forma de ataque às ONGs. Na quarta-feira (21), Bolsonaro disse acreditar que organizações não governamentais poderiam estar por trás dos incêndios como uma tática de gerar atenção negativa para o seu governo.
Bolsonaro não citou nomes de ONGs e, quando questionado se há evidência para as alegações, disse que não há registros escritos sobre as suspeitas. Segundo o presidente, as ONGs podem estar retaliando contra os cortes de verba de seu governo. O seu governo cortou 40% dos repasses internacionais que eram destinados às organizações, ele afirmou na saída do Palácio da Alvorada, ao ser questionado sobre a onda de incêndios na região.
“Então, pode estar havendo, sim, pode, não estou afirmando, ação criminosa desses 'ongueiros' para chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil. Essa é a guerra que nós enfrentamos”, afirmou Bolsonaro.
Portanto, parte da estratégia do governo de burlar essa “campanha globalista” é depreciar a importância e a voz das minorias que vivem na região, e transforma-las em inimigos. Entre as táticas citadas no documento está a de redefinir os paradigmas do indigenismo, quilombolismo e ambientalismo através das lentes do liberalismo e conservadorismo com base nas teorias realistas. Essas são, segundo o slide, “as novas esperanças para a Pátria, Brasil Acima de Tudo!”
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*Nota: Uma versão deste artigo disse que a apresentação foi usada em uma reunião entre ministros. Essa reunião foi cancelada. Os documentos foram usados em outra reunião entre membros do governo na mesma semana que a outra reunião teria acontecido.
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