Colômbia: progressistas assumem o poder e infligem um forte golpe ao uribismo
Uma onda conservadora está passando pela América Latina - e pelo mundo. Mas, como para toda ação há uma reação, o progressismo está mostrando a força que tem.
No domingo (27), a Colômbia mostrou que pode representar um forte alicerce de esquerda na região, quando mais de 1 milhão de cidadãos de Bogotá escolheram uma mulher, lésbica e de origem humilde, como prefeita da capital colombiana.
A ex-senadora Claudia López, do partido progressista Alianza Verde (Aliança Verde), venceu as eleições com 35,21% dos votos, contra 32,48% de Carlos Fernando Galán, filho do candidato presidencial morto em 1989. É a primeira vez que a população escolhe uma mulher para o cargo de prefeito de Bogotá, considerado a segunda posição política mais importante da Colômbia.
"Hoje, Bogotá escolheu pela primeira vez a filha de uma família como a sua, de famílias feitas a pulso, que com amor e tenacidade conseguem superar todas as dificuldades dia após dia", disse López, filha de uma professora de escola primária.
Os eleitores de Medellín, cidade do ex-presidente Álvaro Uribe, também surpreenderam no domingo. Daniel Quintero, que concorreu como independente, conquistou a prefeitura da segunda maior cidade do país, sobre o aliado de Uribe, o senador Alfredo Ramos, dando talvez o golpe mais duro ao ex-presidente e seu movimento.
Os resultados das eleições locais são fundamentais porque oferecem um vislumbre do que a Colômbia espera em 2022. "Esta eleição é um golpe para o uribismo, não há dúvida", diz Sergio Guzmán, diretor da consultoria Colombia Risk Analysis.
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