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Ajude-nos a contar histórias de resistência feminista pelo mundo

Expusemos as redes por trás da reação aos direitos das mulheres e de pessoas LGBTIQ. Agora, ajude-nos a documentar histórias de resistência feminista. English Español

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Nandini Archer
22 Janeiro 2020, 3.32
Protesto pelo direito ao aborto em Bogotá, na Colômbia, em 2019.
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SOPA Images/SIPA USA/PA Images. Todos os direitos reservados.

Tem sido difícil não ficar deprimida com o estado do mundo. Se você não é um homem branco hétero rico e com valores conservadores, você provavelmente sente a mesma coisa.

Para onde quer que você olhe, homens autoritários assumiram governos, enquanto movimentos de extrema-direita e ultraconservadores estão ganhando força. A reação contra os direitos humanos e contra a justiça social está viva e ativa, das Filipinas ao Brasil e aos Estados Unidos.

Mas uma nova geração de mulheres e pessoas LGBTIQ está se levantando e resistindo à maré. Existem inúmeras histórias não contadas de pessoas em todo o mundo que encontraram maneiras criativas de resistir aos retrocessos, criando cada vez mais laços que atravessam fronteiras.

Nosso projeto Tracking the Backlash expôs o dinheiro sujo, as redes e os impactos assustadores dos movimentos religiosos de direita e dos movimentos de extrema-direita que se dedicam a reverter ou bloquear o progresso relacionado à justiça sexual e reprodutiva em todo o mundo.

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Agora, estamos lançando um novo projeto chamado Documenting the Resistance para registrar e compartilhar amplamente histórias sobre alguns dos ativismos populares mais inspiradores e pouco divulgados que resistem a esse retrocesso – e constroem realidades feministas hoje, apesar dele.

Como a ativista feminista que sou, esse projeto fala direto ao meu coração. No ano passado, conheci Akwugo Emejulu, professora de sociologia da Universidade de Warwick, que nos incentivou a assumir o controle de nossas próprias histórias de resistência, muitas vezes excluídas pela cobertura jornalística tradicional.

Em várias outras conversas, ativistas, pesquisadoras, jornalistas progressistas e aliados enfatizaram que essas histórias de resistência são uma "história em formação" que devemos documentar agora, a partir da perspectiva dos que estão no terreno.

Documentar a resistência também deve dificultar a revogação de nossos direitos – à medida que nos tornamos mais conscientes de como as pessoas lutaram por eles. O retrocesso por definição significa que nossos movimentos foram bem-sucedidos.

Do Sudão ao Canadá

Em 2019, conversamos com mulheres que estão liderando a revolução no Sudão. Fizemos um perfil de um dueto de Fado bicha, feminista e antirracista em Portugal. Enquanto isso, um jovem ativista indígena de dois espíritos escreveu um relato pessoal sobre a resistência de sua comunidade.

Trabalhamos com jovens de toda a Europa para registrar suas viagens a Verona, Itália, para um protesto histórico contra o Congresso Mundial das Famílias, uma rede de ativistas ultraconservadores dos EUA, da Rússia e de outros países e seus aliados de extrema-direita.

Essas histórias me deram alguma esperança sobre o nosso futuro. Muitos de nossos leitores e colaboradores nos disseram o mesmo. É por isso que, em 2020, faremos mais para destacar protestos, organizações, táticas, demandas e modelos alternativos de existência feminista.

Ao longo desta série, vamos promover a colaboração feminista na forma como trabalhamos com colaboradores – priorizando as vozes de mulheres negras, da classe trabalhadora, indígenas e migrantes e pessoas LGBTIQ que lideram essa resistência.

Isso significa fazer jornalismo de maneira diferente – priorizar a colaboração sobre a competição, valorizar verdadeiramente as experiências de vida das pessoas e trabalhar com repórteres e ativistas locais, em vez de adotar uma abordagem hierárquica de reportar enviando um correspondente estrangeiro.

Ajude-nos a documentar a resistência

Em 2020, estamos em busca de artigos escritos por ativistas na linha de frente, bem como projetos de jornalismo participativo e experimental. Essas histórias podem vir de qualquer lugar do mundo, mas prestaremos atenção especial às ideias vindas da África, da Eurásia e da América Latina, onde nosso projeto Tracking the Backlash está atualmente em expansão.

Estamos interessadas ​​em histórias locais de resistência, bem como em documentar movimentos de feministas que constroem alianças internacionalmente. E adoramos propostas de histórias colaborativas que combinem narradores com diferentes experiências.

Se você tem uma ideia para esta série, adoraríamos ouvi-la. Para propor uma história, envie um e-mail para [email protected], em português, espanhol ou inglês, com "Pitch for Documenting the Resistance" na linha de assunto. Em menos de 250 palavras, diga-nos:

  • Qual é a história que você deseja contar e por que ela é importante?
  • Que aspecto do retrocesso está sob resistência na história?
  • Como você vai contar a história? É uma história em primeira pessoa ou uma reportagem?
  • Por que você é a melhor pessoa para documentar essa história de resistência e existe alguém com quem você possa ou deva colaborar para fazer isso?
  • Existem momentos futuros relevantes para esta história sobre os quais devemos estar cientes, e quando você poderia nos enviar uma primeira versão?

Podemos pagar entre 150 e 400 libras após a publicação da sua história, dependendo da extensão, formato e número de colaboradores envolvidos. Publicaremos relatos da linha de frente com cerca de 800 palavras e reportagens com até 1.600 palavras.

Também estamos interessadas ​​em histórias multimídia. Informe-nos se você prefere contar sua história por meio de fotografias, áudio ou vídeo.

Por fim, saiba que nós vamos priorizar a qualidade em detrimento da quantidade no número de peças que produzimos e nos relacionamentos que desenvolvemos. Isso limitará o número de matérias que podemos publicar, mas prometemos responder a todas as propostas o mais rápido possível.

Também há muito mais por vir este ano - incluindo uma oportunidade de fellowship para mulheres e pessoas LGBTIQ e uma série multimídia. Fique atenta a este espaço, assine nossa newsletter para receber atualizações e junte-se a nós para documentar a resistência.

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