Depois disso, consegui um emprego na maquiladora (fábrica de montagem) onde minha mãe trabalhava. Eles pagavam mais, cerca de 1.250 pesos por semana (US$ 63). Os benefícios também eram bons: incluíam alimentação e transporte. O ônibus nos buscava às 5h e trabalhamos até as 20h. Gastei o dinheiro que ganhei em roupas, outras coisas de que precisava e, às vezes, em despesas domésticas. Gostei do trabalho na maquiladora. Como eu era o mais novo, fiquei amigo de todos. Era divertido. Cheguei até a operador, manuseando uma grande máquina que achata de metal.
Mas esse trabalho acabou. Fiz uns bicos depois disso. Ajudei a renovar uma AutoZone por duas semanas. Mas não gostei desse trabalho. Eles nos faziam trabalhar sete dias por semana e chegar lá era difícil – ao contrário da maquiladora onde eles te buscam e te alimentam. Então eu deixei aquele emprego. Agora preciso encontrar outro.
Eu me matriculei novamente em uma escola que reabriu há pouco tempo e consegui meu diploma do ensino médio. Levou apenas alguns meses. Depois disso, tentei aprender mecânica, mas a Covid-19 atrapalhou. Vou tentar de novo, desta vez com eletrônica. Gosto de consertar coisas e, se estudar, posso conseguir um novo emprego na fábrica de eletrônicos. Isso é o que tenho em mente.
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