Situado às margens do rio Guaviare, San José del Guaviare, capital do departamento de Guaviare na Colômbia, tem sido palco de conflitos armados, com confrontos contínuos entre o governo e grupos armados. A situação de segurança no município, rica em biodiversidade e cultura indígena, tem tido efeitos devastadores na economia local, que depende principalmente da agricultura e pecuária, embora ouro, esmeralda e madeira também desempenhem um papel importante.
Além de dissuadir o turismo, a violência armada ameaça as comunidades indígenas mais vulneráveis. Os grupos Jiw e Nukak sofrem com a fome há anos. Em San José del Guaviare, esses grupos vivem em grave estado de pobreza, com níveis de desnutrição que se aproximam a 54%.
Os esforços do governo colombiano de mitigar esse nível de desnutrição entre as comunidades indígenas não foram suficientes. Em meio a fome e a miséria, os Jiw e Nukak se viram no centro de um escândalo de violações dos direitos humanos.
Em 11 de janeiro, o jornal El Espectador noticiou a presença de uma chamada "zona de tolerância" em San José del Guaviare na qual crianças indígenas da comunidade Jiw e Nukak são frequentemente exploradas sexualmente em troca de comida, drogas ou dinheiro com conhecimento das autoridades locais. Segundo o portal Swissinfo.ch, 69 crianças dessas duas comunidades indígenas, que estão à beira da extinção, foram vítimas de estupro.
Essa zona em formato de L compreende duas quadras, incluindo uma área conhecida como La 40, onde é comum a prostituição de crianças indígenas a partir dos 5 anos de idade.
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