Na Argentina, as mulheres atualmente representam 42% do Senado e 39% da Câmara dos Deputados, e o país foi pioneiro na adoção de cotas femininas para o Congresso.
No ano passado, o México estendeu a paridade a todos os três ramos em todos os níveis de governo.
Na Bolívia, 52% do parlamento é composto por mulheres, a maior taxa da América Latina.
No Chile, nas últimas eleições legislativas, o número de mulheres senadoras aumentou de seis para 10, de um total de 43 senadoras, e o número total de deputadas aumentou de 19 para 35, de um total de 155 deputadas.
No Brasil, o aumento do número de deputadas federais femininas foi de 15%: de 51 para 77 eleitas, mas a maioria ainda é branca. Destas, 43 ocuparam o cargo de deputada federal pela primeira vez.
Mulheres no poder durante a pandemia
A Covid-19, entre muitas outras coisas que nos ensinou, chamou a atenção para a forma como as mulheres líderes administraram a crise sanitária. Desde o início da atual nova pandemia de coronavírus, a relação entre as mulheres líderes nacionais e sua eficácia na gestão da crise tem recebido muita atenção da mídia.
Embora estas comparações possam parecer puramente anedóticas, um estudo – utilizando dados comparativos em 194 países – concluiu que as respostas à Covid-19 são consistentemente melhores em países liderados por mulheres. Em certa medida, o resultado pode ser explicado pelas respostas políticas pró-ativas e coordenadas adotadas pelas chefes de Estado.
A pesquisa constatou que tanto a taxa de infecção quanto a taxa de mortalidade da Covid-19 têm sido menores nos países liderados por mulheres do que naqueles liderados por homens. Em um esforço para isolar o efeito específico de ter uma líder feminina, os pesquisadores compararam países liderados por mulheres com aqueles liderados por homens que são semelhantes em termos de população, geografia, igualdade de gênero, gastos com saúde e número de turistas. Em todas as combinações, os países liderados pelas mulheres se saíram melhor.
A realidade mostra que há um aviso de que as mulheres na política fazem a diferença quando estão conscientes das desigualdades em geral. Como elas foram e continuam sendo vítimas de violações de direitos e das restrições impostas pela sociedade, têm o desejo de se livrar deles.
Aumentar a representação das mulheres nas esferas políticas não é apenas uma questão de gênero. É uma questão de mudança institucional que melhora as políticas para toda a população.
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