Em 9 de novembro de 1989, caiu o Muro de Berlim. Este é considerado o símbolo do fim da Guerra Fria que dividiu o mundo em uma bipolaridade diplomática entre norte-americanos e soviéticos. Durante décadas disputaram a predominância global, mas o fim da União Soviética, exatamente dois anos depois, permitiu o ressurgimento do multilateralismo.
O mundo passou por rápidas transformações. Em 1991 surgia o Mercosul, bloco econômico fundado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Dois anos depois, forma-se a União Europeia, que chegaria a reunir 28 países.
Naquela mesma época, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, divulga o relatório "Nosso Futuro Comum", dando origem ao conceito de desenvolvimento sustentável. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92), realizada no Rio de Janeiro em 1992, lançava as sementes que culminariam num programa global oito anos depois: os “Objetivos do Milênio”, aprovado em 2000 pela Assembleia Geral da ONU.
Em 2002, a Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), em Joanesburgo, colocou definitivamente o desenvolvimento sustentável como elemento central na agenda internacional.
Até 2015, data-alvo dos 8 Objetivos do Milênio, surgiram outros blocos como o BRICS em 2006. Reunindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo fortalecia o multilateralismo e redesenhava questões diplomáticas no cenário mundial. Entendendo que os indicadores econômicos, sociais e ambientais não ofereciam um quadro de esperança quanto ao futuro das próximas gerações, a ONU propôs que os seus 193 países membros assinassem a Agenda 2030, composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas.
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