Em 8 de agosto, Uribe, apesar de não ser deputado, afirmou que o exercício de oposição será feito de forma "respeitosa e construtiva", compromisso endossado por alguns representantes no Congresso.
O primeiro é Miguel Uribe Turbay, ex-candidato à prefeitura de Bogotá, que afirmou que fará uma oposição "não sectária e proativa, que promova o combate à corrupção, a redução dos salários dos parlamentares, o dia sem imposto e a renda solidária”.
Outro representante é David Luna, senador pelo partido Cambio Radical, que prometeu se opor aos discurso de ódio ou à polarização. "Farei oposição, mas não vou bloquear o país. O trabalho da oposição é construir sobre o que foi construído e gerar espaços de diálogo com quem pensa diferente", afirmou.
O ex-candidato presidencial Rodolfo Hernández, que obteve 10 milhões de votos no segundo turno, disse que também se oporá ao novo governo, mas vem mantendo um perfil discreto após sua derroto eleitoral em junho.
Paloma Valencia, senadora desde 2014 também pelo Centro Democrático, já vem fazendo seu papel de oposição ao pedir cautela em relação à reforma tributária apresentada pelo governo Petro em 8 de agosto. Especificamente, Valencia ressalta a necessidade de que os subsídios sejam temporários e coerentes com realidade fiscal do país.
Fora esses exemplos soltos, a oposição a Petro vem sido liderada por vozes radicais que podem ameaçar o importante exercício democrático de pesos e contrapesos.
Cabal, possível oposição absoluta
Embora Uribe tenha fundado o Centro Democrático, sua atual líder é a deputada María Fernanda Cabal, que já se autoproclamou líder da oposição radical ao novo governo.
Em resposta à promessa de Petro de buscar a paz total em seu discurso de posse, Cabal respondeu que o presidente está vivendo uma ilusão. "O novo governo se engana se pensa que pode negociar com o crime; com a grama da cocaína custando US$ 153 dólares nos Estados Unidos, ao acolher um capo nascerão duas novas cabeças, porque as máfias são como a hidra mitológica", afirmou.
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